Artigo: Benefícios da inteligência artificial no setor público

28 de março de 2024

Rafael Almeida Fernandez Soto
Diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Prodesp

Fundamental para as instituições governamentais agilizarem seus processos e torná-los mais transparentes, a aplicação da inteligência artificial (IA) pode ser vantajosa para órgãos, entidades públicas e sobretudo para a população paulista. Os sistemas alimentados por machine learning garantem êxito das aplicações e são capazes de promover melhorias aos usuários dos serviços.

Uma recente pesquisa da Fundação Seade analisou o uso de serviços eletrônicos oferecidos pelo Governo de São Paulo entre os residentes no Estado. Os resultados revelaram que 40% dos paulistas acessaram opções digitais pela internet em 2023; e que nove em cada dez usuários afirmaram que poderiam utilizar novamente esses canais. Figuram entre os serviços mais buscados o Poupatempo (74%) e o Detran-SP (59%) – ambas com tecnologias desenvolvidas pela Prodesp.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre 2021 e 2023 aumentaram as proporções de consumo de serviços digitais por usuários de menor escolaridade e situados em famílias mais pobres que acessaram a internet. Uma hipótese a ser considerada é que esse público prefere o atendimento presencial e consultou a web apenas para obtenção de informações necessárias.

Considerando-se somente o acesso à internet para realização de serviços em 2023, os mais mencionados foram agendar atendimento (36%), emitir boletos, certidões ou licenças (25%), fazer inscrições ou matrículas (5%) e fazer reclamações (5%). Os demais 30% acessaram outros serviços.

Para a realidade da Prodesp, o que dizem essas informações? Que é importante preparar as equipes para entender os dados e extrair informações com precisão. Saber o que retirar da base de informações e oferecer melhores serviços de inteligência estratégica para órgãos estaduais e prefeituras são contribuições que a Companhia pode oferecer com excelência para seus clientes. Compilar dados ou facilitar a troca de informações entre diferentes áreas não é o bastante. Pois quanto mais dados a IA absorve, mais assertivo é o conhecimento que ela desenvolve. Desse modo, mais que ter o ativo da informação, é necessário saber o que fazer com isso. Há um trabalho de governança de dados, e é preciso fazer as perguntas certas para que a IA responda de forma adequada.

Capacitar profissionais para atrair recursos se faz fundamental para atender as necessidades dos nossos parceiros. Há cada vez mais exigência em relação a dados e oportunidades estratégicas de informação para tomadas de decisão.